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Bem-vinda
Bem-vindo

Circular

Círculo in-acabado.

Des-coberto. Fractário.

Refletido, refratado.

Centrífugo, centrípeto.

Ex-cêntrico, a-cêntrico.

Virtual-real.

Humano-discursivo.

Círculo ir-regular.

In-certo.

In-finito.

Sem começo nem fim.

Círculo circular.

Circular o saber com sabor,

tato, olfato, visão.

Audição...Paladar.

Saborear o saber.

Mote das palavras.

Degustar o sabor árido e passional

Saboroso saber estudado.

Circular palavras que giram

entre e dentro de nós.

Ato responsivo-responsável

nosso outro. Nós,

amarrados nós.

Eu-outro abraçados

em laços enlaçados.

Jamais con-fundidos.

Gozados sintomas.

Linguagem.

 

O gozo da palavra.

Ave Palavra.

Livre.

Ativa.

Ao vento.

Sem lenço ou documento.

 

Vontade de ver-ouvir-tocar-comer.

Sabor de quero mais.

Água na boca.

Sentido.

 

Gosto do gosto gostoso.

Liberdade da língua.

Lingua livre.

Movimento pleno.

Céu e Inferno.

Céu da boca, a passear.

Lamber a língua - do outro.

Penetra-la.

Senti-la por dentro.

Gosto com sabor.

Sabor de alma.

Alma da pele.

Cheiro, cor, luz,

silencio e som.

 

Língua estética.

Jamais estática.

Língua-voz.

Tom do toque da fala.

Amor das palavras,

amor com palavras,

palavras de amor.

Slovo.

 

Círculo que fala.

E fala da fala pra fala.

Con-versa em verso

reverso, transverso.

Circular a circular,

de roda em roda,

nas rodas dessa terra Terra

gira mundo sem parar.

 

E nós,

com nossos nós,

enlaçamos sem parar.

pensar e sentir.

 

Voz a se espalhar.

"Roda que se mexe" sem parar

"todo mundo se mexe"

sem mexer,

equilibrar o desequilíbrio das línguas.

 

Essa, a nossa circul-ação.

Pequena.

Projeto projetado,

pulsa-ação viva:

veias e artérias

oxigênio e gás carbônico

em nosso organismo linguagem

a deixar vivo

órgãos vitais:

"Coração, cabeça, estômago".

 

Nossa língua 

a se mexer para falar

e calar em projeção de

sabores que se agigantam

adiante e diante de

nossos olhos olhares.

Oblíquos e dissimulados olhos capitulares.

 

"Roda viva" que vem e não nos esmaga, 

aproxima,

feito gente,

anjo e demônio,

totalmente de-cadente,

feito nós!

Que sabor, hein!

Espero contê-lo um pouco mais.

Espalhá-lo também.

 

Circular:

novas bocas,

outras línguas,

entre línguas,

con-versar.

Versificar prosas e prosificar versos.

Pesquisar.

Viver.

Dentre, dentro e fora de nós.

Voltar ao começo e recomeçar.

Nunca do mesmo ponto.

Apenas circular...e

re-afirmar nossos nós!

Luciane de Paula

Sobre o GED - Grupo de Estudos Discursivos

Constituído formalmente em 2008 em outra instituição e formalizado pela UNESP em 2010, com a entrada da coordenadora na Unidade de Assis, este grupo é composto por pesquisadores, bem como por alunos de graduação e de pós-graduação de diversas instituições. O grupo desenvolve pesquisas que resultam em publicações individuais e conjuntas, em pesquisas de iniciação científica, em monografias de pós-graduação lato sensu (especialização), em dissertações de mestrado e teses de doutorado, bem como em pesquisas dos docentes convidados, desenvolvidas na UNESP e em outras instituições. No momento, os componentes do grupo articulam-se de forma sistemática em torno da Análise Dialógica do Discurso (Círculo Bakhtin, Medvedev, Volochinov), da Semiótica (greimasiana) e da Análise do Discurso de linha francesa (especificamente, nos estudos de Foucault e Pêcheux). O que congrega a maior parte das pesquisas do grupo é o interesse pelo discurso e pela reflexão especificamente bakhtiniana. Nesse contexto, insere-se o projeto atual, que busca evidenciar, especificamente, as questões enunciativas, de significação e sentido dos discursos/textos “verbo-voco-visuais”, para utilizar um termo cunhado por Décio Pignatari, sempre vistos em sua mobilidade sócio-cultural, num dado gênero, formado numa determinada esfera de atividade. As pesquisas mobilizam concepções como diálogo, enunciado, signo ideológico, gênero, ética e estética, sujeito, ato, cronotopia, exotopia, responsabilidade, responsividade, entoação, autoria, estilo, entre outros; sempre acolhidas a partir do corpus de análise. Em geral, as pesquisas são analíticas, mas também metalinguísticas, pois não apenas utilizam a teoria, refletem sobre ela e esta é uma das maiores contribuições do grupo: circular o saber produzido com sabor de quero mais, instituindo na memória (de passado e de futuro) inquietações, questões, diálogos infinitos…sempre circul-ar(es)..

Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil - CNPq

Galeria do GED

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