Maria da Glória Corrêa di Fanti
Professora Pesquisadora
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS)
Glória Di Fanti é doutora em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem (LAEL-CNPq) pela PUCSP (2004), com doutorado-sanduíche (PDEE/CAPES) na Aix-Marseille Université (França), e mestra em Letras (Estudos Linguísticos) pela UFSM (1998). Realizou estágio de pós-doutoramento (PDE/CNPq) na Sorbonne Université (2018-2019). É professora titular da Escola de Humanidades da PUCRS e editora da Revista Letrônica (Qualis A2), tendo coordenado o Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL/PUCRS) entre 12/2012 e 03/2017. Foi coordenadora (2010-2012) e vice-coordenadora (2008-2010 e 2012-2014) do GT Linguagem, Enunciação e Trabalho da ANPOLL, atualmente GT Discurso, Trabalho e Ética. Integra o Comitê de Assessoramento de Artes, Letras e Linguística da FAPERGS desde 2019, tendo assumido a sua coordenação em 2022. É líder do Grupo GenTe - Tessitura: Vozes em (Dis)curso (PUCRS/CNPq) e pesquisadora dos Grupos Atelier - Linguagem e Trabalho (PUCSP/CNPq), GED - Grupo de Estudos Discursivos (UNESP/CNPq) e BALM - Bernardo de Aldrete “Lenguas en Movimiento” (Universidad de Cádiz-Espanha). Suas pesquisas focalizam, principalmente, as seguintes áreas: Análise Dialógica do Discurso e Linguagem e Trabalho. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
Principais projetos
Discurso (in)tolerante na contemporaneidade: alteridade, (dial)ética e democracia pluralista
DI FANTI, Maria da Glória Corrêa.
Pesquisa
2021-2024 (em andamento)
Esta pesquisa objetiva analisar a construção dialógica dos discursos com tons intolerantes que circulam nas redes sociais, em especial no Facebook, Instagram e Twitter, observando de que modo podemos contribuir para o enfrentamento da atual crise de (in)tolerância e para a promoção dos valores democráticos na sociedade brasileira contemporânea. Em âmbito teórico, a pesquisa apoia-se nos estudos do Círculo de Bakhtin e estabelece diálogo com reflexões desenvolvidas por Amossy (2014) e Maingueneau (2018) sobre violência verbal e ethos discursivo, a fim de articular perspectivas que se complementam para tratar do discurso intolerante nas redes. Também dialoga com pensamentos referentes à relação entre (in)tolerância e democracia. Quanto à metodologia, a investigação segue a proposta de Volóchinov (2017), que contempla a análise integrada entre esfera de atividade, gênero e enunciado. Também considera as contribuições de Maingueneau (2013, 2018) sobre ethos a partir da cenografia (cenas genérica e englobante). Aprofunda questões teóricas, colaborando com os estudos acadêmicos. Espera-se que a pesquisa possa colaborar também com questões sociais contemporâneas, como (i) uma maior criticidade frente à disseminação de discursos intolerantes, como ocorreu com a pandemia do coronavírus, tendo em vista a importância da integridade das informações diante do cenário pandêmico; e (ii) reflexões sobre como o outro deve ser respeitado em sua heterogeneidade, diferença e singularidade, considerando que a interação de projetos divergentes, em clima de tolerância e coabitação de variados pontos de vista, é condição para a existência de uma democracia pluralista.
Todas as vidas importam: jogos multiletrados - transformação sociocultural sustentável
PAULA, Luciane de.
Extensão
2023-2024 (em andamento)
Este projeto de extensão tem como objetivo propor e implementar atividades de leitura e produção de gêneros discursivos diversos na escola e fora dela, possibilitando uma formação multiletrada crítica. O público das ações socioculturais educativas transita entre o último ano do ensino fundamental II (9º ano) e o ensino médio (1º, 2º e 3º anos) e também se volta às associações e coletivos culturais e sociais. Os textos trabalhados, de diversas materialidades (canção, videoclipe, filme, série, pintura, HQ, jogos etc), tratarão de temas contemporâneos e contemplarão conteúdos de Linguagens e Artes, produzidos por autores-criadores negros, mulheres e da comunidade LGBTQIAP+. Interessa proporcionar, de forma dialógica, discussões acerca das desigualdades e da intersecção raça-gênero-classe na escola e na sociedade, a fim de refletir acerca da heterogeneidade das diversidades e proporcionar equidades. O projeto, experimental e interventivo, tem caráter extensionista, associado à pesquisa, ao ensino e à inovação. A proposta parte de uma escola pública da cidade de Assis, interior de São Paulo, para, a partir das vivências, desenvolver protótipos de ensino e jogos pedagógicos produzidos com material reciclado, que possam ser adaptados e aplicados em outras comunidades (locais, regionais, estaduais, nacionais e internacionais). Com isso, estimular a inclusão entre jovens, na escola, na comunidade e na universidade (graduação e pós-graduação); e visibilizar vozes e sujeitos excluídos (por preconceito e discriminação), ao potencializar seus saberes, assim como uma forma de sociabilidade de suas culturas, tramadas como formas de atuação – em consonância com os ODS 4, 5, 10,16 e 17, de maneira transversal.