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Jéssica de Castro Gonçalves

Professora Pesquisadora

Graduada em Letras, Habilitação Português/Alemão pela Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Assis. Mestre e Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística e Língua Portuguesa da FCLAr- Unesp. Desenvolveu pesquisas na área de gêneros do discurso, na perspectiva bakhtiniana, e participa como integrante do GED (Unesp). Atua na área de Língua Portuguesa, Literatura, Leitura, Produção Textual, Língua Inglesa, Ensino Bilíngue e ensino de metodologia científica.

Principais projetos

Dom Casmurro em diferentes materialidades: análise do romance, da HQ e da minissérie

Dom Casmurro em diferentes materialidades: análise do romance, da HQ e da minissérie

GONÇALVES, Jéssica de Castro.

Pesquisa (Tese de Doutorado)

2015-2019

A recorrência de recriações de enredos literários em outros gêneros discursivos suscita diferentes críticas a esses tipos de produção. Este trabalho tem como objetivo defender que essas recriações em outros gêneros discursivos são mais que simples adaptações, mas novas obras que mantém uma relativa (in)dependência com o texto literário e o ressignificam nos novos gêneros. Além disso, problematiza-se o conceito de gênero discursivo e discute-se a importância da leitura desse tipo de produção no ensino de Língua Portuguesa. Para isso, apresentamos um protótipo embrionário com proposições sobre possibilidade do uso da recriação no ensino. Como corpus delimitado desse estudo, propomos pensar a ressignificação de Capitu do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis; na minissérie Capitu, de Luiz Fernando de Carvalho; e na história em quadrinho Dom Casmurro, de Felipe Grecco e Mario Cau. Este estudo fundamenta-se nas discussões desenvolvidas pelo Círculo de Bakhtin/Medvedev/Volochinov sobre gênero, enunciado, linguagem e diálogo. Metodologicamente, propõe-se a análise do corpus a partir do método dialético-dialógico (Paula et al, 2011). A minissérie e a história em quadrinhos constituem-se como novas obras ao se materializarem nesses novos gêneros, sem deixar de manter relações dialógicas com o romance. O protótipo embrionário apresentado propõe formas de trabalhar algumas figuras de linguagem por meio das recriações do romance Dom Casmurro nas aulas de Língua Portuguesa. Acredita-se que essa discussão contribui com os estudos contemporâneos sobre gênero discursivo.

Humor com dessabor: uma análise das tiras da Mafalda no contexto escolar

Humor com dessabor: uma análise das tiras da Mafalda no contexto escolar

GONÇALVES, Jéssica de Castro.

Pesquisa (Dissertação de Mestrado)

2013-2015

Esta pesquisa volve os olhares para os enunciados de alguns alunos pré-vestibulandos do Colégio Adventista de Tupã sobre as tiras da Mafalda. Diante da ocorrência dessas em atividades escolares, livros didáticos e avaliações, estes alunos apresentaram discursos diversos sobre as tiras e sobre a própria personagem Mafalda durante as aulas de língua portuguesa ministradas pela pesquisadora deste trabalho. Muitos afirmaram não se interessarem pela leitura destas e não compreenderem as críticas e os efeitos de humor ali contidos. O objetivo geral deste estudo é investigar os fatores envolvidos no ato de ler tal gênero que acarretam certo desinteresse e incompreensão, quando em contexto escolar/avaliativo. Discutem-se para isso as concepções de humor e do gênero tira apresentadas pelos alunos nas atividades de leitura proposta em forma de estudo de caso. Reflete-se ainda sobre a abordagem da tira como gênero discursivo em contexto escolar/avaliativo, a partir da análise desta no material didático utilizado pelo grupo em estudo e das respostas dos alunos às relações de humor e crítica presentes no gênero. Com essa finalidade realizou-se um estudo de caso que propôs atividades de leitura de tiras retiradas da obra Dez anos com Mafalda e trabalhadas em contexto escolar, em uma turma do terceiro ano do Ensino Médio de um colégio da rede privada de ensino em Tupã/SP, o Colégio Adventista. As atividades foram realizadas nas aulas de língua portuguesa, dentro e fora de contexto avaliativo. Utilizam-se como aparato teórico deste estudo os conceitos de gênero/enunciado, ato, ideologia/signo ideológico e sujeito, conforme pensados pelo Círculo de Bakhtin/ Medviedév/ Volochínov.

Todas as vidas importam: jogos multitetrados - transformação sociocultural sustentável

Todas as vidas importam: jogos multitetrados - transformação sociocultural sustentável

PAULA, Luciane de.

Extensão

2023-2024 (em andamento)

Este projeto de extensão tem como objetivo propor e implementar atividades de leitura e produção de gêneros discursivos diversos na escola e fora dela, possibilitando uma formação multiletrada crítica. O público das ações socioculturais educativas transita entre o último ano do ensino fundamental II (9º ano) e o ensino médio (1º, 2º e 3º anos) e também se volta às associações e coletivos culturais e sociais. Os textos trabalhados, de diversas materialidades (canção, videoclipe, filme, série, pintura, HQ, jogos etc), tratarão de temas contemporâneos e contemplarão conteúdos de Linguagens e Artes, produzidos por autores-criadores negros, mulheres e da comunidade LGBTQIAP+. Interessa proporcionar, de forma dialógica, discussões acerca das desigualdades e da intersecção raça-gênero-classe na escola e na sociedade, a fim de refletir acerca da heterogeneidade das diversidades e proporcionar equidades. O projeto, experimental e interventivo, tem caráter extensionista, associado à pesquisa, ao ensino e à inovação. A proposta parte de uma escola pública da cidade de Assis, interior de São Paulo, para, a partir das vivências, desenvolver protótipos de ensino e jogos pedagógicos produzidos com material reciclado, que possam ser adaptados e aplicados em outras comunidades (locais, regionais, estaduais, nacionais e internacionais). Com isso, estimular a inclusão entre jovens, na escola, na comunidade e na universidade (graduação e pós-graduação); e visibilizar vozes e sujeitos excluídos (por preconceito e discriminação), ao potencializar seus saberes, assim como uma forma de sociabilidade de suas culturas, tramadas como formas de atuação – em consonância com os ODS 4, 5, 10,16 e 17, de maneira transversal.

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